Descrição | . Capitão de uma das Companhias de Infantaria de Góis (Coimbra)
. De mais de 40 anos
. Rendeiro [?] de Comenda em Arganil «o qual tem uma renda da Comenda na vila de Arganil, que arrecada por um seu Criado.»
. Morador em Nossa Senhora da Assunção de Góis (Coimbra), como seus Pais
. Pai, Capitão de uma Companhia de Infantaria de Góis e «serviu os Ofícios nobres da república.» e (na Igreja) [Irmão] da Confraria do Santíssimo Sacramento de Góis «que costuma andar nos homens nobres da dita Vila.» | Rendeiro da renda da Terça do Bispo de Coimbra
. Avô paterno, falecido quase com 100 anos «homem que vivia de sua Fazenda e se tratava com seus Criados à lei da Nobreza.»
. Avós paternos e maternos, casados em Góis (Coimbra)
. Avô materno, com fama de parte de Cristão-Novo - "Fintado" «pagava numa conta que se lançava aos Cristãos-Novos neste Reino.» | Ia muito a Celavisa (Arganil) «arrecadar seus frutos e dívidas que lhe deviam.» | Escudeiro «sustentando sua Casa com seus Criados, e Negros e pessoas de seu serviço.» | «homem Nobre, que tinha seu cavalo na estrebaria.» | Rendeiro em Pombeiro «alguns anos.» | Tem demanda (que perde) com Domingos Duarte Neves (onde se provaria a Fama de Cristão-Novo)
. Bisavô materno-paterno, Diogo Belo (Médico dos Silveiras - Senhores de Góis, morador na Lousã e (depois) em Góis, e natural do Alandroal | Évora) «e bom curador, que vivera na vila da Lousã.» | Casado (na Lousã ou em Góis) com Catarina Cabral
. Primo-direito materno de 2 Padres: um Vigário na Igreja da Várzea (Góis) e outro [Padre José Cabral] Ecónimo na Igreja Colegiada de Góis. |
Informação adicional | > Indeferido, por Infamado de Cristão-Novo, por parte de seu Avô materno: Ld.º Francisco Cabral Belo
. 10-09-1658 | Diligências na Igreja Matriz de Góis (Coimbra) - Testemunhas:
_ Gaspar Perdigão da Costa (de aprox. 44 anos, Escudeiro, natural e morador em Góis) - Vizinho do Habilitando. Ouvira dizer que Avô materno teria parte de Cristão-Novo, mas aponta 2 Netos seus como Clérigos de Missa «entende que eram limpos disso.»
_ António Simões (de aprox. 80 anos, casado «há 52 anos», Escudeiro, natural de Celavisa | Arganil, e morador em Góis) - A respeito do Avô materno «pagava numa conta que se lançava aos Cristãos-Novos neste Reino, mas que ouvira dizer ele Testemunha a sua [própria] Mulher, Antónia Neto, fora falso tudo o que se lhe imputava.»
_ Manuel Baião de Andrade (de aprox. 44 anos, Escudeiro, natural e morador em Góis)
_ Manuel Luís (de aprox. 65 anos, viúvo, Escrivão das Sisas em Góis e Celavisa | Arganil, natural e morador em Góis) - Parente (por afinidade) em 3º ou 4 Grau de Consanguinidade do Habilitando: Avó paterna, Tia da Mulher da Testemunha. Ouviu dizer que o Avô materno era do Alentejo «onde o Padre José Cabral, seu Neto, fora tirar suas provanças para se ordenar de Ordens Sacras, como [com] efeito se ordenou, e é Ecónimo na Igreja Colegiada desta dita vila de Góis.»
_ Francisco Luís (de aprox. 71 anos, que vive de sua Fazenda e Indústria, natural e morador em Góis) - Parente do Habilitando em 3º Grau de Consanguinidade, por parte de seu Pai.
_ Manuel Gonçalves "o Bicho" (de aprox. 58 anos, Mercador de pano de linho, morador em Góis) - Vizinho «mais chegado» do Habilitando. Soube que Domingos Duarte Neves trouxera demanda com os Avós maternos «e os vencera por sentença, mas que não sabe isto de certo, dizendo que tinham parte de Cristãos-Novos, e isto ouvira ele Testemunha dizer a Jorge Baião Cortiço?, em cujo poder estava a sentença, o qual era Neto do dito Domingos Duarte Neves.»
_ António Mendes Correia (de aprox. 71 anos, Escudeiro, natural e morador em Góis)
_ António Carneiro (de aprox. 63 anos, Escudeiro, natural de Góis e morador na Vila de Pombeiro?)
_ Padre Paulo das Neves (de aprox. 60 anos, Clérigo Presbítero, natural e morador em Góis) - Parente do Habilitando em 3º Grau de Consanguinidade, por parte de seu Pai.
_ Maria Fernandes (de aprox. 80 anos, viúva de André Gomes, natural e moradora em Góis) - Vizinha do Habilitando. Diz que o Pai do Avô materno era Diogo Belo «que viera da Lousã. [...] se houve alguma fama, foram seus Netos e Bisnetos às partes de Évora fazer suas provanças, e ouviu ela Testemunha dizer que tudo o que se lhe imputava era falso.»
. (conclusão e considerações) O Instrutor das Diligências em Góis, Padre João da Silva de Sampaio (Vigário de Arganil | Coimbra) - "Ouviu" dizer que:
_ (o Sogro do Habilitando) António da Costa Mendes, chamou-o de Judeu «numas "dúvidas" [discussões] que teve [com o Habilitando].»
_ a Pedro da Fonseca (Capitão-mor de Arganil) que (seu Parente) Simão Antunes (muito velho, morador em Celavisa | Arganil) lhe disse que o Avô materno do Habilitando foi "Fintado" «numa Finta que foi em seus tempos lançada sobre os Cristãos-Novos.»
_ Idem contado por Manuel Gonçalves e por António de Figueiredo (ambos moradores em Arganil?)
_ que o Avô materno [aquando da "Finta"] «se enfadara muito, e estava para endoidecer de paixão, ou que dela morrera; mas o mostrar-se sentido não é consequência infalível que não fosse [Cristão-Novo]; seria também pelo amor que tivera ao dinheiro que lhe faziam tirar da bolsa.» [isto, exposto desta forma cínica por um Senhor Padre... Enfim...]
_ (a 2ª Testemunha acima) António Simões disse que «pagara por não saber requerer.»
_ |