| Informação adicional | . INDEFERIDO - por Fama de Cristão-Novo, por via de seu [aqui "dissimulado"?] Avô paterno, Luís de Ordaz [y Porras] «filho de Pais castelhanos, que aí vieram acoutar-se, e reputado na opinião dos de Miranda por Cristão-Novo, [...] tiveram por Filhos a António de Ordaz, João de Ordaz, Diogo de Ordaz e Francisco de Ordaz [este último] Pai do Suplicante. [...] Não se alcança o fundamento daquela fama, mas é certo que permaneceu em Miranda no dito Luís de Ordaz, em seus Filhos, e Netos, até agora. Como o dito Luís de Ordaz procedia de Castela, foi de Miranda lá ocupar o ofício de Corregedor (porque então estava este Reino sujeito a Castela), deixando a dita sua Mulher [a Avó paterna] em Miranda com os ditos primeiros 3 Filhos; e voltando a ver sua Mulher no fim de 11 ou 13 meses de ausência, a encontrou parida do quarto Filho que foi Francisco de Ordaz, Pai do dito Padre Duarte Ferreira. Fez diligências, dizem alguns, por saber se podia ser seu Filho e, fosse como fosse, por seu o reconheceu e o tratou. Instituiu um Morgadio que de presente goza um Irmão [Luís] do Suplicante. Aous outros Filhos deixou também 2 Morgadios, que gozam seus Netos, porque o primeiro Filho, António de Ordaz, sendo Provisor com Ordens Menores de um Bispo seu Tio em Castela, se meteu Religioso, com conhecida vocação por um caso particular, na Ordem dos Carmelitas Descalços, onde foi Secretário do Geral, e morreu com a opinião de Santo.»
. Fama de Cristão-Novo também para o [aqui "putativo"?] Avô paterno, Padre Dr. Manuel Mendes Pimentel «Contudo, como a infâmia de Cristãos-Novos nunca cessou em Miranda, querendo o Suplicante fazer-se Clérigo, e parecendo-lhe que o não podeia ser por Neto do dito Luís de Ordaz, justificou no Auditório do Vigário-Geral de Miranda que era Neto do Dr. Manuel Mendes Pimentel, Deão [da Sé de Miranda], Cristão-Velho sem dúvida, havido na dita sua Avô D. Leonor Anaya, naqueles meses em que seu Marido esteve ausente em Castela no ofício de Corregedor, e por sentença fou julgado por seu [do dito Dr. Manuel] Neto, habilitado por Cristão-Velho e ordenado Sacerdote. Com esta sentença, achando-se agravado um Filho do dito Diogo de Ordaz, Neto também de Luís de Ordaz, me disseram tratara o ano passado de se habilitar por Cristão-Velho como seu Neto [o aqui Suplicante], e provando por vários documentos e novas inquirições sobre a dita Avó, havidas por requisitórias do Vigário-Geral de Miranda, foi por ele [Vigário-Geral] julgado por Cristão-Velho, contra toda a imaginação dos mais velhos naturais de Miranda, entre os quais era constante ser o dito seu Avô [ainda o dito Dr. Manuel] meio-Cristão-Novo, e que sua Mãe (deste Avô) era inteira Cristã-Nova, ainda que Irmã de António Mendes, Cónego que foi de Miranda, e, para o ser, dispensado por Sua Santidade, como o foram outros da mesma Sé, naquele tempo. Com que o Suplicante, por Neto do Deão, e pela Mãe [deste] e Avós por parte materna.»
. Fama de Cristão-Novo, mesmo por via do Avô materno «uma das Testemunhas [...] ouvira dizer que também António Pinheiro de Sá [...] tinha fama de Cristão-Novo porque, querendo-se ordenar em tempo do Bispo Dom António Pinheiro [este] o não quisera admitir por esse respeito.» |
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