Diligências de Habilitação do Santo Ofício

- Cristóvão António Lobo de Saldanha | -- Sebastião Lobo de Saldanha | --- Martim Lopes Lobo de Saldanha | --- (D.) Mariana Josefa das Brotas [Henriques] | -- (D.) Francisca Luísa Madalena da Silva | --- Grandfather: Cristóvão Francisco de Magalhães "o Carrasquinho" | --- Grandmother: (D.) Guiomar da Silva |
Nome Cristóvão António Lobo de Saldanha
Estado CivilSolteiro
Data de nascimento/baptismo
Data do processo1771-07-17
Naturalidade - Santo André (Estremoz | Évora)
PaiSebastião Lobo de Saldanha (Évora)
Mãe(D.) Francisca Luísa Madalena da Silva (Santa Maria do Castelo | Estremoz | Évora)
Avô PaternoMartim Lopes Lobo de Saldanha ([Azóia de Baixo] Colegiada de [Santa Maria da Alcáçova] | Santarém)
Avó Paterna(D.) Mariana Josefa das Brotas [Henriques] ([Sé] Évora)
Avô MaternoCristóvão Francisco de Magalhães "o Carrasquinho" (Santa Catarina do Monte Sinai | Lisboa)
Avó Materna(D.) Guiomar da Silva (Viana do Minho | hoje Viana do Castelo)
Cargo a que se candidataFamiliar
Processo Torre do TomboPT/TT/TSO-CG/A/008-001/5343
Informação do arquivoTSO-CG, Habilitações, Cristóvão, mç. 5, doc. 80
Descrição. Moço-Fidalgo da Casa Real . Capitão de Cavalos de uma Companhia do Regimento de Cavalaria da Praça de Olivença (Évora | PORTUGAL) «de que é Coronel-Brigadeiro D. José Pedro da Câmara», e aí morador . "Fama" materna: (possível) Cristã-Novisse pela sua Trisavó materna | «... algumas pessoas afirmam] padece o Suplicante o defeito de judaísmo por descender de pessoas Cristãos-Novas do apelido de Soares da Cidade de Leiria, das quais houve muitas penitenciadas pela Inquisição de Lisboa.» . Bisavós materno-maternos, Fernão da Silva e Sousa (de Santo André | Estremoz) e D.ª Margarida Coutinho [de Távora] (baptisada em Nossa Senhora do Socorro | Lisboa) - Filha de [D.] Paulo de Sousa Coutinho e de (D.) Mariana «a que deram vários apelidos, que são: do Quintal, Henriques e Soares. [...] Mas toda a dúvida está nos Pais da dita (D.) Margarida, 3ª Avó do Suplicante, porque este diz, com os genealógicos que lhe são favoráveis, que ela foi Filha de Diogo Henriques Sodré e de sua Mulher, (D.) Margarida Soares, e que esta [...] foi Filha de Tristão Soares Borges e de sua Mulher e Prima, (D.) Maria Moniz, Filha de Vasco Martins Moniz, e que estes foram legítimos e inteiros Cristãos-Velhos, sem fama nem rumor em contrário. E para prova desta Ascendência só temos os ditos do Suplicante e dos referidos genealógicos, e de outros, que depuseram? nas diligências da Irmã do Suplicante.» [Parece que não é exactamente assim - ver (abaixo) Parecer introdutório] . O Trisavô materno-materno-paterno, [D.] Paulo de Sousa Coutinho, Filho de [D.] Ambrózio de Sousa e de (D.) Justa [ou Joana] de Azevedo
Informação adicional. [m0003.tif >] 08-05-1768 | Parecer introdutório (desfavorável), a respeito da (real?) Ascendência da Trisavó materna-materna-materna, (D.) Margarida Soares | «... [m0005.tif >] como as pessoas que dizem ser defeituosa a Família do Suplicante se fundam em ser descendente de Cristãos-Novos da Cidade de Leiria do apelido de Soares, e que seus Parentes abjuraram erros heréticos perante os Inquisidores de Lisboa, foi preciso examinar no Secreto da mesma Inquisição alguns processos de Réus da sobredita Cidade, e apelido, e de entre outros se achou o de uma Maria Soares, natural de Leiria, que abjurou em forma culpas de judaísmo [...] em 1632, a qual casou depois com Fernão Galvão, da Cidade de Leiria, que também tinha abjurado em forma [...] no mesmo auto de 1632, e na sua genealogia declarou a dita Ré que era Filha de Diogo Soares e de sua Mulher Maria Lopes, Cristãos-Novos, que não sabia os nomes de seus Avós paternos, nem os conhecera, e que seus Avós maternos foram DIOGO LOPES e ISABEL SIMÔA, e entre outros Parentes declarou também que a dita sua Mãe tivera uma Irmã inteira chamada MARGARIDA SOARES, e que esta fora casada em Lisboa com DIOGO HENRIQUES, e que destes nasceram 2 Filhos, a saber: André Soares, a quem mataram em Lisboa, e a MARIANA SOARES, que estava casada em Lisboa, não sabia o nome do Marido. Do mesmo processo constou que a dita Ré [Maria Soares] teve mais Irmãos presos, e vendo-se em 2 deles se achou [...] Ângela Soares, que na sua genealogia declara ser Filha dos sobreditos Diogo Soares e Maria Lopes, que eram Cristãos-Novos, que não sabia os nomes dos Avós paternos, e que os maternos foram DIOGO LOPES e ISABEL SIMÔA, que morreram em Lisboa; e que a dita sua Mãe teve algumas Irmãs, e que uma destas, que lhe parece se chamava Blázia Simôa, foi casada em Lisboa com DIOGO HENRIQUES, e que destes nasceram um Filho chamado André, ao qual mataram, e uma Filha, a que não sabia o nome, mas estava casada em Lisboa com PAULO DE SOUSA. E o outro processo é de António Soares. Irmão inteiro das ditas duas Rés, o qual em sua genealogia declarou que tinha em Lisboa uma Parente (que diz era sua Tia, mas na verdade era sua Prima) chamada MARIANA DO QUINTAL, casada com PAULO DE SOUSA, Cristão-Velho, moradores à Betesga. [...] E assim, estes Réus, entre si Irmãos inteiros, convinham? todos em que a Mulher de PAULO DE SOUSA, morador em Lisboa, é descendente dos mesmos Avós maternos de que descendem eles Réus. [...] E ainda que a dita Ângela Soares diz que a Mãe da dita Mulher de PAULO DE SOUSA se chamava Blázia, isto parece foi engano, porque dos processos dos outros Irmãos não consta [...] que a dita Blázia fosse casada; antes, a Ré Maria Soares, que era a mais velha de seus Irmãos, diz claramente que a dita sua Tia Blázia, ou Brázia Simôa, nunca casou, e que sua Tia MARGARIDA SOARES foi a que casou em Lisboa com DIOGO HENRIQUES, e que destes nasceu a dita MARIANA SOARES, casada em Lisboa; e o dito Réu António Soares diz que esta era a Mulher de PAULO DE SOUSA, e se chamava também MARIANA DO QUINTAL, e com este apelido a confrontam também os genealógicos, que muito depois, a instâncias do Suplicante, ou de seus Parentes, passaram as certidões juntas. E na verdade, esta mesma variedade de apelidos tem dado causa a confusão e incerteza da identidade desta MARIANA. Mas combinadas [no sentido de: computando que] as Testemunhas que declararam nas diligências da Irmã do Suplicante, tanto a favor como contra a pureza de seu sangue; os genealógicos, que lhe passaram as certidões juntas, e o que dizem os Réus já referidos, com o reconhecimento do mesmo Suplicante, que confessa nas ditas certidões que juntou ser descendente de PAULO DE SOUSA COUTINHO e de sua Mulher, D. MARIANA DO QUINTAL HENRIQUES, Filha de DIOGO HENRIQUES, a que se acrescenta o apelido SODRÉ, e de sua Mulher MARGARIDA SOARES, parece se vê? no conhecimento da origem que teve a fama do defeito que se dá à Família do Suplicante, como reconheceu o Deputado Filipe de Abranches, que tendo deposto nas diligências da Irmã do Suplicante, a fol. 101? e seguintes, a seu favor, pelo que constava dos seus Livros e das Habilitações da Mesa da Consciência, de que era Deputado, como o era juntamente da Inquisição de Lisboa, se lhe mandou mostrar os sobreditos processos, e à vista das declarações e confissões dos ditos Réus, e das notícias que ele tinha dos livros genealógicos, e [dos] da Mesa da Consciência onde se tinham habilitado alguns Cavaleiros desta Família, variou do conceito que fazia da pureza de sangue dela, como consta do seu segundo depoimento, que se acha quase no fim das mesmas diligências, e talvez que esta fosse a causa de se não continuarem depois da última interlocutória, pela dificuldade de se acharem provas favoráveis a esta Família, no dilatado tempo em que estiveram suspensas as ditas diligências. [...] [Entretanto] só o Notário Félix Agostinho de Oliveira, da Cidade de Leiria, nos disse em carta de 2 de Fevereiro de 1766 que [...] nada mais pôde achar naquela Cidade, que una autos de fiança, dos quais consta que houve um DIOGO HENRIQUES, o qual no ano de 1590, sendo morador na Cidade de Lisboa, arrematou o contrato da Guiné, e ficaram por fiadores: seu Cunhado, Diogo Soares, casado com Maria Lopes, e o Genro destes, chamado Fernão Galvão, casado com Maria Soares, a Ré confrontada acima [...], do que se prova evidentemente que o dito DIOGO HENRIQUES, de Lisboa, que no ano de 1590 arrematou o contrato da Guiné, era casado com MARGARIDA SOARES, a Irmã de Maria Lopes casada com Diogo Soares, e ambas Filhas de DIOGO LOPES e ISABEL SIMÔA, [...]. E o Notário Inácio Henriques Barata, da Cidade de Lisboa, nos diz em carta de 6 de Março do presente ano [de 1768] [...] pôde achar uma petição e justificação que se fez em Lisboa, no fim do ano de 1715, e está no cartório da Câmara Eclesiástica, para casar, com fiança a Banhos, PAULO DE SOUSA COUTINHO com D. MARIANA SOARES, alegando que, por serem os Pais e Parentes desta muito ricos, e ele pobre, queriam aqueles embaraçar este casamento, e sendo atendida a súplica, justificaram os contraentes que ele PAULO DE SOUSA era natural da Capitania do Espírito Santo, nos Estados do Brasil, e Filho legítimo de AMBRÓZIO DE SOUSA COUTINHO e D. JUSTA DE AZEVEDO; e que ela D. MARIANA SOARES era Filha legítima de DIOGO HENRIQUES e MARGARIDA SOARES, moradores todos na Cidade de Lisboa.»
Outros parentes com habilitação no Santo Ofício. O Pai [?] | «não consta que o Pai do Suplicante habilitasse a dita sua Mulher, casando depois de ser já Familiar, com o que se deu ocasião que se murmurasse gravemente da qualidade do sangue da dita sua Mulher.» . (r.1742) | A Irmã, (D.) Mariana Margarida Teresa de Noronha e Saldanha, para casar com o Familiar Lopo Barreto Picanço Cabral [não consta] | «que morto este, se continuaram aquelas [as diligências para a Noiva] em cabeça de Pedro Pereira de Barros, e não constava do êxito delas, assim o representamos em Carta de Ofício de 1 de Junho de 1765 a V. Ilm.ª?, que foi servido mandar-nos as próprias diligências, que estavam com interlocutórias por satisfazer na Inquisição de Lisboa.»
AutorBNV

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